Todo gestor de marketing ou negócios da atualidade deve ter se deparado com essa dúvida ultimamente. O que fazer? O que dá mais retorno? O que é Mídia programática? O que é Inbound Marketing? Posso usar os dois?
Vamos lá, quem aqui se lembra do tempo em que você perguntava para um veículo impresso (jornal, revista) qual a sua tiragem, qual o seu público, qual a sua abrangência? E você precisava de uma equipe de mídia específica com planilhas complexas para encontrar os veículos certos para o seu anunciante. Pois então, aplicando o modelo clássico de anúncio ao mundo digital: hoje você tem um site, com uma audiência considerável e vende esse espaço para os anunciantes. Durante algum tempo, a busca pela mídia ainda era manual, ou seja, havia uma pessoa responsável por negociar com os veículos digitais.
Eis que nesse cenário nasceu a mídia programática que é, resumidamente, uma forma de otimizar os esforços de encontrar a sua audiência por meio de mídia paga. São utilizadas ferramentas para identificar a sua audiência (ainda com base no que a empresa acredita). Robôs potencializam e agilizam o trabalho manual de otimização das campanhas de mídia paga. O robô vai cruzando dados de diversas fontes para achar o seu público-alvo. Enfim, uma forma rápida e automática de oferecer o melhor para os publishers e para os anunciantes.
Isso é muito importante, por exemplo, para empresas B2C (Business to consumer) e para e-commerce, ter a precisão de onde anunciar, como anunciar, para quem anunciar é fundamental e faz toda diferença. A mídia programática permite traçar um perfil de público alvo (demográfico, sexo, renda) e encontrar os similares. Vale ressaltar que em mídia paga a perspectiva costuma ser a da empresa que é quem decide o que quer vender e anunciar.
Os anúncios pagos são mais efetivos para quem já está no momento de decisão de compra, ou seja, para quem já decidiu e está avaliando preços. No entanto, apenas uma pequena taxa da sua audiência está preparada para comprar agora, a maior parte dela ainda está nas fases anteriores de conscientização e consideração. E para conscientizar, educar e se relacionar com o público focando em vendas é que entra o Inbound Marketing, cujo foco é justamente se tornar relevante de forma orgânica por meio de conteúdo relevantes . Ao invés de "interromper" a audiência com anúncio, o objetivo é que o público seja "atraído" até o anunciante por conta própria no momento da busca (search) e com conteúdo de educação de acordo com os diferentes estágios da jornada de compra.
Os dados e pesquisas refletem esse novo comportamento do consumidor (85% das pessoas NÂO clicam em anúncios quando pesquisam no Google - segundo estudo da Compete.com). Dentro do funil de Inbound Marketing a mídia programática se aplica na fase de “atração”, para gerar interesse e dar visibilidade aos temas, contribui bastante e acelera os resultados.
A principal diferença é que no Inbound Marketing a perspectiva é sempre pelas dores e interesses do consumidor e não pelo que a empresa quer anunciar/vender.
Uma coisa não exclui a outra, pelo contrário, são complementares. O perfil do negócio do cliente é que define se é melhor investir mais em um do que em outro. Por exemplo, de forma simplificada se é um e-commerce com compra rápida, mídia paga é fundamental. (geralmente B2C). Mas se é uma compra com uma jornada de compra mais longa, com necessidade de aprendizado, comparações, etc a mídia paga tem menos força (dificilmente você compra por impulso) e aí então o Inbound é mais efetivo (geralmente B2B).
O pulo do gato é aliar as duas coisas da melhor forma, nem sempre o anúncio precisa ser para vender produto diretamente, podemos fazer anúncios direcionados para os conteúdos premiuns, para os posts que levam para o (blog), e aí sim você está ampliando a visibilidade não do produto em si, mas do seu conteúdo rico e a mídia paga em simbiose com a pesquisa orgânica garante uma efetividade bem maior.
Pago |
Orgânico |
Anúncio |
Conteúdo (post) |
Premissas da empresa (o que ela quer vender) |
Premissa é o consumidor (o que ele procura) |
Objetivo é ser visto |
Objetivo é ser encontrado |
Compra por impulso |
Compra que exige conhecimento e pesquisa |
Retorno rápido |
Retorno médio a longo prazo |
Fim do investimento fim do retorno |
Retorno perene (os posts continuam indexando) |
B2C (geralmente) |
B2B (geralmente) |